Esses dias estive pensando no quão complexo é essa ideia de aprendizado. Como sabemos ler? Quando aprendemos a juntar as letras e saber que aquela palavra tem um significado para todos e que realmente faz sentido?
Como cobrarmos isso de um aluno que pouco percebe a diferença entre o P e B, por exemplo? Como instrui-lo, de forma que ele realmente entenda o que estamos tentando passar em sala?
Eu não sei. Você sabe?
Como o coração é a sede das nossas emoções e circulações, o pulmão recebe o ar que nos mantém vivos, de pé, o cérebro é responsável pela
aprendizagem.
Isso sabemos, podemos entender. Não basta reconhecer uma letra, ela precisa fazer morada nos olhos, no córtex e é aí que toda magia acontece. As palavras dançam no nosso cérebro, fazem sinal para nós e ao abrirmos a boca, ela sai. É pronunciada como um sopro, voa por aí.
Com o outro nem sempre é assim. É uma caminhada que requer esforço, dedicação, exercício, nem sempre no abrir dos lábios ela se apresenta. Às vezes, fica parada no meio do caminho, sem compreensão, sem entendimento, sem voz, sem som, sem nada. Fica estagnada. E isso se dá ao fato de que cada cérebro é único e cada detalhe, cada partezinha depende de estruturas cognitivas já consolidadas para que a palavra salte dos lábios de forma coerente. Fluente. Concisa.
Mas, mesmo assim, isso ainda me parece um mistério. Tudo isso de campo visual, olhares, córtex, cérebro, audição, interpretação… Uau! É muita coisa. Mas, te convido a prestar atenção em cada traçado feito aqui. Apure os ouvidos, que tudo fará sentido a partir de agora.
Cind Jami (L
Comentários
Postar um comentário