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Mostrando postagens de outubro, 2011

Um texto simples.

Hoje eu queria acordar e te ver entrelaçado com o lençol branco sujo de batom e vinho. Queria fazer comentários sobre a noite passada. Queria mesmo ver a sua carinha de sono, levantando da cama. Queria encarar os problemas, enganar os problemas e superá-los. Hoje acordei te amando mais; muito mais do que ontem. Sei lá, transbordou.  Quero você sempre pra mim. Assim como as estrelas se entregam para o céu, assim como o mar se entrega para a areia, eu me entrego a você. Me dou, inteira. Quero deitar em seu colo e ver o seu sorriso lindo e rir das nossas gracinhas bobas. Silêncio. Está escutando também ? São os pingos de chuva que caem lá fora. Quando chove assim tenho tanta vontade de te abraçar e parar tudo ao redor. Ser somente nós dois no mundo. Eu pra você e você só pra mim. Hoje eu acordei esperando você, contando os segundos para te ver bater na minha porta e entrar, ficar ouvindo como foi seu dia e te provocar um pouquinho; acordei pronta para perdoar qualquer falha su

Hoje acordei assim.

Exatamente hoje, acordei muito estranha. Não sei se mais feliz ou menos contente que ontem, não sei se agradeço ou imploro desculpas. Não sei se isso é realmente bom ou ruim. Não sei se me comporto, ou me apareço mais que o normal. Não sei se tento descobrir os segredos do futuro ou desisto de criar expectativas. Eu só quero que os dias passem, e passem ligeiro. A verdade é que eu não quero mais fazer planos. Hoje, lembrei dos dias em que você fazia brigadeiro na cozinha e de como você mexia a panela. Lembrei dos nossos beijos prometidos, dos nossos medos e todos os anseios. De todos os seus deveres e dos meus afazeres. Lembrei daquela noite em que te senti por inteiro. Daqueles movimentos que fazia e o suor escorria pelo meu corpo. Lembrei dos abraços apertadinhos nos dias frios. Lembrei de como você tinha uma necessidade de me fazer feliz, era tão bonitinho...  Não quero mais viver de "quases", não me contento mais com as metades. Não serei a sua quase mulher e não

O que eu quero

Talvez eu esteja esperando demais, sonhando demais e até desejando você demais. E, se eu disser que hoje eu acordei meio desanimada e que deixei essas coisas bobas de viver sonhando pra lá ? Tô cansada. Me parece que vai ser sempre assim. O destino me pregando outra das suas peças geniais, eu não quero. Por você eu dei o que não poderia dar. Dei o que não tive. Eu vivia sonhando em ser livre, e hoje, por razões inteiramente desconhecidas por mim, imploro para que me prenda em seus braços. Quando nos encontramos nossos passos são iguais, o vento abre as janelas, limpa o pó da escrivaninha, solta os panos. Revela os rostos reais dos sorrisos dados. E nós nos revelamos um ao outro, nos gestos, nos olhares, na sinceridade. É para você que eu escrevo todas as cartas com os olhos. Meu peito a soluçar abafa todos os meus gritos por não mais saber o que falar. Eu estou amarrada pelas mãos. A minha natureza que quer romper e resistir a tudo também me diz para sentar e ligar a TV, deixar

Não me esqueça.

E de todas as diversas coisas que eu ainda tenho para te pedir, hoje eu só quero uma. Não me esqueça. Porque, sinceramente, eu não sei ficar aqui sem você. Você não sai da minha cabeça. Não se afaste nem sem querer, nem pelo meu próprio bem, nem por nada nesse mundo. Essa distância iria destroçar o meu coração. Diante desse possível amor perfeito, eu me entrego a você. Me entrego para você diferente de como me entreguei para outros que me desfizeram. Eu me entrego de verdade. Me dou a você para fazer o que quiser. Porque sem você eu já não sei se me acostumaria. Não saberia com que sorriso sorrir, nem com que olhos olhar. Não saberia com que razão deveria realmente pensar, nem com quais palavras emitiria o que sinto no momento. Não iria mais existir coração. Não mais. Eu andei pensando enquanto olhava para você. Na verdade, reparando você. Em você. Nesse seu cabelo liso, com alguns fiozinhos loirinhos, queimados pelo sol, e no seu olhar penetrante. Estava sonhando alto demais. L

Algumas coisas

Sobre todas as coisas Que falam que são do mal Não têm sequer um pouco de amor Se tenho que chegar a algum lugar E não morrer sem ter o que fazer Acho que me perdi... Algumas coisas não parecem no lugar Está sempre escuro quando eu acordo E quando eu durmo, já nasceu o sol E o mundo inteiro já se foi Não sabem se vão voltar (eles não sabem)... Sobre todas as pessoas Que se acham especiais Não têm sequer um pouco de ardor Se tenho que parar pra enxergar E não morrer sem ter o que dizer Aonde foi que deixamos a nossa coragem? Aonde foi? Muito além do que possa parecer Aonde foi? Obrigada, Renato. Agora sim uma música que traduz meu sentimento real do dia.

Diante de você.

Diante dos nossos pés gelados sobre o colchão. Diante aquele jogo de xadrez incompleto do outro lado da janela. Sob os tentáculos do seu amor, esfarinho o meu corpo junto com o movimento dançante que você fazia embaixo do edredon. Seu corpo nu sobre o emaranhado de lençóis me condesava de tesão, pressuposto ao que chamam também de amor. Diante o seu plano maldoso de fazer o meu gozo escorrer pelo seu sorriso, esquentar o meu corpo era somente um detalhe. A ânsia do seu corpo gritando pelo meu, os movimentos acelerados e ritmados com sua lombar. A cervical dobrando feito papel. Era possível escutar o seu coração do outro lado da rua. Escutava o seu coração da esquina. Do outro lado da cidade. Queria tanto poder puxar a sua camisa agora e te trazer para mais perto de mim, te beijar o rosto, segurar o seu cabelo, olhar para bem fundo dos seus olhos e te abraçar bem forte, o mais forte possível... É tudo medo; esse tal medo de perder. E, ultimamente é a única coisa que tenho medo. Vou te

Essa noite eu prometo...

Essa noite prometo não sair da cama até que os seus olhos estejam completamente fechados. Prometo, se o seu sono não vier, ficar contigo até que o primeiro raio de sol entre pela janela. Seu cheiro inesquecível é um convite informal para a aproximação alheia. Quando te vejo meu coração quer pular para fora do peito, meu corpo se aquece e a minha alma resplandece e se alegra completamente. Por isso, me entrego a você. Seu cabelo balança junto com o vento e faz de mim uma boba apaixonada a te admirar rindo e conversando sobre o tempo, sobre os anjos, sobre o infinito. Seus lábios grandes, chamativos, avermelhados - me prendem, sempre. Sorriso indescritível, indecifrável, encantador. Vivo a me prender e te respirar, como o ar. Quero todas as manhãs poder acordar ao seu lado, com seu cheiro, o seu gosto, o meu cabelo no seu rosto. Nas madrugadas frias e vazias, sentir o encontro das nossas pernas se tocando, num embaraço, feito nó, num barulho gostoso por debaixo dos lençóis. Sen

Nada como o nada.

Nada como um dia de chuva. Nada como deitar no sofá e se enrolar toda com um edredon antigo (aquele que você mais gosta). Nada como um filme interessante num clima como esse. Nada como falar bobagem com os amigos sem ser chamada de infantil. Nada como não duvidar daquele olhar vindo na sua direção, sem ser chamada de pretensiosa. Nada como um dia após o outro. Nada como um amor correspondido. Nada além do pouco tempo mágico do beijo. E o insuportável e inevitável tempo perdido. Por mais que eu tente, jamais serei quem já fui um dia. As primaveras passam, os dias se renovam, os amores ficam para trás e o sorriso já é outro. Foi amando um certo alguém que eu descobri que sempre me faltou amor suficiente. Mas a vida é assim. Não precisa entender para viver. Viver ultrapassa qualquer linha de entendimento. Tenho um anjo aqui dentro, que faz dessa doce criaturinha uma santa, mas também tenho o anjinho do mal dentro de mim, que me torna uma louca de pedra. Eles vivem um do outro,

Sobre a saudade...

Hoje eu acordei triste; mesmo com toda a alegria ao meu redor, o clima se fez nostálgico. O céu azulado, poucas nuvens, pedindo para que eu saísse e agradecesse pelo ar, pelo silêncio, pelas amizades e sorrisos... Mas, mesmo com tanta felicidade existente aqui, e por consequência, aí também, no fim da tarde eu estava com vontade de chorar. Não sei me despedir. Acabou que, aquele abraço, meio desconcertado, disse tudo. A saudade dói. Eu sofro por antecipação, esperneio, choro, soluço... Machuca, pô. Não interessa se são 2 dias, 1 semana ou 1 mês. Ela faz o coração ficar pequenininho, você tem vontade de enfiar a cara no travesseiro e chorar até a dorzinha ir embora - mas ela não vai. Por isso eu não quis acordar cedo; não sei lidar com pausas, com rupturas, com adeus. Não sei. Prefiro o abraço apertado, a zoação com sotaque puxado, essa eternidade. Eu aproveitei cada instante, cada flash, cada olhar, cada noite e amanhecer... A saudade tem pontos positivos também. Acaba por nos

Lindo *-*