Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de agosto, 2015

grito

As verdades se chocam com a parede. Caem no chão e se partem como cacos de vidro. Eu tentei recolhê-los, tentei justificar os fatos, mas tudo que consigo fazer é gritar. Um grito rouco, um grito mudo, um grito cheio de decepção. As horas passam e aquele pensamento que não queria ter, de forma alguma, me soca o estômago. Vocês são todos iguais. Você é o mais igual de todos. O dia amanheceu nublado para me lembrar que tudo foi mentira e que você fazia parte desse jogo nojento, dessa situação estarrecedora. Dessa grande sacanagem. Você é uma farsa Você agiu assim - friamente - sem pensar. Você é como os outros Eu que cheguei a acreditar no amor, hoje te vejo com um pó. Que eu quero varrer pra longe. Pra perto de tudo que me desagrada, que me dá pavor. Você consegue analisar isso friamente? Consegue perceber o quão ridícula é essa história toda? Paciência. Enquanto tento recolher cacos de mim mesma no chão, espero que você se encontre. Se encontre e nunca mais volte

Saia

Sentimentos misturados a emoções Vozes entrecortadas e mentiras infinitas Traição por traição Você não tinha esse direito Desejo involuntário Interesse desmedido O que você quer que eu fale? Que te acho um fingido? As paredes estão ruindo - sua risada está alta demais pra quem se diz sofrendo e confuso Não espero mais nada Não quero ouvir mais nada Você agora é como os outros para mim Você não tinha esse direito Estou me retirando Minhas palavras vão ficar no chão Espero que não abra mais a porta tão bruscamente - sua voz não será ouvida Seu egoísmo não terá perdão Cind Jami

Irrompeu

Você irrompeu meu quarto, me pediu abrigo. Te pedi silêncio. Uma pausa. Você nunca havia desabafado comigo e me senti amedrontada. Sem palavras. Perdida nas frases entrecortadas e cheias de confusão. Uma confusão que não aceito, mas te ouvi e não te julguei. Pedi em silêncio para que você calasse a boca mil vezes... Todas aquelas histórias e confissões me deixaram com vontade de chorar, de te bater, de me esconder e não ser cúmplice de tudo aquilo. Você irrompeu meu quarto e deitou ao meu lado. Me pediu colo, atenção, conselhos. Mas o que eu poderia dizer numa noite chuvosa como essa? Que te entendia e que você estava certo? Eu não faria isso. Soaria estranho se a minha boca se abrisse num momento assim, e dissesse "Vai passar"? Agora você se foi. Partiu e voltou às suas crises solitárias do outro lado da parede. Aposto que, assim como as lágrimas escorrem dos meus olhos agora, você está chorando, com os olhos voltados para o teto, a procura de alguma resposta. Uma r