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Mostrando postagens de setembro, 2012

Por esse caminho

Estou caminhando a horas e não lembro mais do seu rosto nem do seu jeito. Estou me perdendo a cada segundo que passo aqui nessa ponte e a sua voz é imperceptível agora. Estou com medo. Estou perdida. Estou sem freios e desconheço todas as cores. Estou caminhando a horas... Parece que você não vem... Eu sei que não vem. Estou olhando para baixo faz algum tempo também e esse vento frio percorre o meu corpo de uma maneira estranha - os carros param e tornam a andar, param e tornam a andar. O tempo só acelera. Por onde você tem andado que nem um telefonema tenho recebido? Para onde tem olhado se os seus olhos já não encontram os meus?  O que é isso que chamam de distância ? O que pode ter nos causado? Quem somos nós agora? Estou caminhando agora e me perdendo a cada passo dado. Estou caminhando contra o vento, contra o tempo, contra o que me resta, contra o que você detesta. Estou caminhando porque se parar, eu morro. Morro de saudade, morro de vontade, morro de tanto querer te v

Tempo

Diz pra mim que tempo é esse que  desconheço , e me diz para onde foi parar o  nosso  ? Eu sei que se eu cair em teus braços agora, e adormecer eu não acordarei mais. Não me deixe adormecer - estou cansada, mas estou vazia. Não me deixe desmoronar assim. Eu sinto que se desmoronar agora, não terei forças para lutar contra isso. Essa noite eu vou deitar e ficar olhando as estrelas, contemplando o luar. Mas, não vou fechar os olhos. Estou perdendo as esperanças. Estou voando por voar, cantando por cantar. Diz pra mim, que tempo é esse ? Você não tem mais nada para me mostrar - Por todos os dias que passaram, me leve para casa. Não, me leve para bem longe de casa. Algumas coisas eu nunca vou saber. Vou fingir que não me lembro. Fica só um pouco comigo, depois você pode ir embora. Só não me deixe dormir, não me deixe esquecer, não me faça não lembrar ! A noite está tão linda, pena estar perdida num tempo que não sei de quem é. Não é meu, não é seu, não é nosso. Me diz, que temp

Me acorde

Só o tempo é quem tem a resposta para todas as minhas perguntas. Só o seu sorriso pode cuidar das minhas feridas. Eu preciso te ouvir, eu preciso te ver, preciso caminhar para longe desse algo que me faz sofrer. Os dias estão passando tão depressa e hoje já se foi. Quero gritar, correr contra o vento, me perder. Quero sufocar essa dor, quero calar a voz que insiste em desabafar. Quero silenciar esses dias.  Anunciaram o verão, mas desde ontem que chove sem parar. Anunciaram, mas ele já passou. Sinto que não poderei durar muito. Me faz um favor, me acorde quando fevereiro acabar. 128 dias não são nada para quem queria viver a vida inteira pela frente. Está chovendo novamente e eu já posso sentir minhas roupas encharcadas, minhas dores pingando pela rua inteira, molhando e inundando esse caminho desconhecido. Eu não posso compartilhar esses momentos. Não posso compartilhar desse engano. Os relâmpagos estão tentando esconder o meu rosto sombrio, os carros lá fora fazem tanto

Viva !

Meus pés de balançam com o vento... Daqui de cima tudo parece mais simples. Um abraço de perdão muito mais apertado, uma lágrima de saudade muito mais verdadeira, o amor muito mais leve e sem culpa... A estrada foi longa e para chegar aqui tive que me despir de tudo que era pesado. Mágoa, dor, insegurança... Estou nua. Por dentro. Por fora já não importa; são feridas cicatrizadas, sorrisos transbordando numa xícara vazia de tristezas, e só. Melodias e melodias, dias e dias guardados, marcados, cantados e vividos. Do meu jeito, mas válido e intacto. (Re)vivido, (re)aceito, (re)amado... A brisa traz a certeza de que vai chover. E que chova, que inunde, que molhe e renove as minhas forças, transborde a esperança de dias melhores. Amores intensos, segredos revelados, verdades absolutas e eternidade. Todos nascemos para a felicidade. Viva! Cind Jami

lágrimas no escuro

Para você, com as certezas que me restam e não vão me abandonar, nem hoje, nem daqui a 3 meses. T enho andado distraida, inconsequente, desiludida. Os dias estão passando tão depressa, tem percebido? As nuvens encobrindo o meu sorriso, você tem sentido todo esse frio dai também? Acontece que eu já não sei disfarçar. Quero correr, pintar o seu sofrimento numa alegria descompassada, numa chuva de esperança, colorida , multiforme. Impossivel, eu sei. A dor é sólida. Perceptível. Meu medo não é a distancia. Nunca foi, pena não ter notado isso. Meu medo é o que nos tornaremos diante dessa escuridão.  Você ainda vai poder ver as minhas lágrimas mudas? Ainda conseguirá tirar esse abraço apertado depois que as coisas ficarem assim, estranhas, sei lá?! Ainda vai conhecer os meus olhares, sentidos, cheiros, anseios? Essa intimidade diferenciada ainda existirá como nos sonhos e nas séries americanas em que assistimos na TV?  Mesmo com toda a calma, é verdade que as suas certez