As palavras entrecortadas se deparam com sussurro frio que sai de dentro de mim, as lágrimas se misturam a dor que escorre do meu corpo, o sofrimento é quase palpável, o grito ecoa pela alma vazia, buscando refúgio, sem nada a temer, teme a solidão de uma vida vã, quase sem vida, descabida, irreal, passageira, teme o inalcançável, o incabível, apenas teme e paralisa.
Os lábios tremem a procura de quem os beije, as mãos nervosas e aflitas, percorrem o corpo de um alguém que tenha rosto, que não se limite ao corpo, dando sentido ao desatino, dói em mim a falta da voz.
Essa alma imoral que machuca, que persegue, que irrompe as madrugadas me arrancando a pele. Que destrói tudo ao redor, consome meu sono, grita ao pudor.
O quarto diminui a medida que vai escurecendo, me falta o ar, o zelo, o nexo. Fico perplexa com a profundidade do caminho no meu braço, na minha perna, na minha mente, na minha alma imoral, perene, caminho que sangra, que se mistura ao pranto, a loucura, a perdição em mim.
Alma imoral… Alma imoral… alma imoral…
Cind Jami
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