É estar preso em liberdade
Comer manjares sem sentir sabor
Passar madrugadas acordada, limitada, em desamor
Como uma corrente apertada nos pulsos
Tentar enxergar sentimentos no escuro
Se desvencilhar do passado, sendo envolvida pelo luto
Querer gritar socorro
Mas sentir vergonha da nudez que a alma vestiu
Eu não vivo, morro
Esse caminho gélido, insosso, percorro
A liberdade se perde no emaranhado das mãos que já não são minhas
Nos olhos que já não são meus
Na língua que percorre lacunas já antes preenchidas, pelo vazio que escolheu
O cárcere se apresenta delicioso, satisfatório
Os olhos fitam o vazio da tela em branco
Os corpos em movimento
As palavras se aconchegam, demoradamente, indecentemente, encontram espaço
Recuo
Pausa
Tic-tac
O coração é alertado, momentaneamente, decente
Quisera eu ter a chave dessa armadilha solene
Me entrego, não nego
Os lábios que outrora eram meus, castigo-os, sem limites até o apogeu
A liberdade se perde no cárcere secreto, ambivalente que é, se entranha em silêncio
Machucando
Usurpando
Enfraquecendo
Adormeço sem saber o porquê
Com esse sentimento de estar livre em cativeiro
Me entristeço e desejo acordar nova, limpa, quente
Os olhos não são meus
As mãos já não são minhas
O corpo também não é meu
Eu sei o que se perdeu
Sei que se perdeu
No caminho, no vazio, no silêncio, na dor, na rotina, no desamor
E caminhar assim, no vício em se fazer preenchida
Desejada
Amada
Em movimento, acaba mal
Nada vem
E se não vem, o olhar se perde, o corpo pede, a alma grita, o corpo responde e a liberdade não mente
Sente
Enfeitiça
Agora sangra
O vício estanca
Comer manjares sem sentir sabor
Passar madrugadas acordada, limitada, em desamor
Como uma corrente apertada nos pulsos
Tentar enxergar sentimentos no escuro
Se desvencilhar do passado, sendo envolvida pelo luto
Querer gritar socorro
Mas sentir vergonha da nudez que a alma vestiu
Eu não vivo, morro
Esse caminho gélido, insosso, percorro
A liberdade se perde no emaranhado das mãos que já não são minhas
Nos olhos que já não são meus
Na língua que percorre lacunas já antes preenchidas, pelo vazio que escolheu
O cárcere se apresenta delicioso, satisfatório
Os olhos fitam o vazio da tela em branco
Os corpos em movimento
As palavras se aconchegam, demoradamente, indecentemente, encontram espaço
Recuo
Pausa
Tic-tac
O coração é alertado, momentaneamente, decente
Quisera eu ter a chave dessa armadilha solene
Me entrego, não nego
Os lábios que outrora eram meus, castigo-os, sem limites até o apogeu
A liberdade se perde no cárcere secreto, ambivalente que é, se entranha em silêncio
Machucando
Usurpando
Enfraquecendo
Adormeço sem saber o porquê
Com esse sentimento de estar livre em cativeiro
Me entristeço e desejo acordar nova, limpa, quente
Os olhos não são meus
As mãos já não são minhas
O corpo também não é meu
Eu sei o que se perdeu
Sei que se perdeu
No caminho, no vazio, no silêncio, na dor, na rotina, no desamor
E caminhar assim, no vício em se fazer preenchida
Desejada
Amada
Em movimento, acaba mal
Nada vem
E se não vem, o olhar se perde, o corpo pede, a alma grita, o corpo responde e a liberdade não mente
Sente
Enfeitiça
Agora sangra
O vício estanca
Cind Jami
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