Eu acreditei
Caminhei em relutância por um longo tempo, mas acreditei
Me perdi no envolvimento das palavras, mas cedi
Cedi a tudo, perdi o controle, me iludi
Eu acreditei na história que me foi contada
No abraço apertado
Nas canções que embalavam a dor
No silêncio rompido na madrugada, eu acreditei em tudo, até no amor
Acreditei que pudesse dar certo
Que o medo que senti a vida inteira era passado, mas não passou
Tempo
Cuidado
Entrega
E dor
Eu acreditei nos reencontros no meio da multidão
Acreditei nas palavras envolvidas de gratidão
Eu ouvi
Fiquei atenta
Não me perdi
Você se foi
Da mesma maneira que veio, partiu
Todas as dores que sangravam, revivi
Todo o medo de perder, está aqui
A tristeza da despedida de sempre, me invadiu
Você disse que vai passar
Que alguma coisa vai ficar
Que meu coração, decerto amadurecido, vai aguentar essa solidão
Esse pesar
Esse adeus contido, sofrido, criado, inventado
Esse rompimento incabível em mim
As lágrimas que rolam sem querer
O medo que me toma, sem você
Por aqui
Por perto
Bem perto
Cuidando, ouvindo, sendo presença no meio do caos
Eu acreditei que não seria mais aquela menininha do aeroporto
Assustada
Calada
Perdida
Deixada para trás
Acreditei na intensidade das palavras ao vento
No calor do momento
Acreditei nas promessas vazias, no colo emprestado, na ausência roubada
Eu acreditei
Acreditei em nós
Mas o nó se desfez
Acreditei em mim
Mas me trai, ao acreditar mais uma vez
Acreditei na rima, me feri
Acreditei em você
Em você
Em cada parte sua
Cada pausa sua
Cada cheiro seu
Cada corte de cabelo seu
Cada acorde que cantou pra mim
Cada frase direcionada a mim
Cada lugar
Cada estação
Você partiu
E desde quando você se foi, continuo aqui tentando
Tentando não chorar
Tentando acreditar
Tentando crescer depressa
Tentando sufocar mais uma vez a menininha que foi deixada para trás
Tentando não pensar
Não sofrer
Não acreditar
Eu acreditei
Você viu
Eu acreditei
Mas você não está mais aqui e só me fala sobre amadurecer, sobre continuar, sobre sarar feridas, sobre viver a vida
Sobreviver
Eu vou.
Mais uma vez, eu vou.
Como pude acreditar?
Caminhei em relutância por um longo tempo, mas acreditei
Me perdi no envolvimento das palavras, mas cedi
Cedi a tudo, perdi o controle, me iludi
Eu acreditei na história que me foi contada
No abraço apertado
Nas canções que embalavam a dor
No silêncio rompido na madrugada, eu acreditei em tudo, até no amor
Acreditei que pudesse dar certo
Que o medo que senti a vida inteira era passado, mas não passou
Tempo
Cuidado
Entrega
E dor
Eu acreditei nos reencontros no meio da multidão
Acreditei nas palavras envolvidas de gratidão
Eu ouvi
Fiquei atenta
Não me perdi
Você se foi
Da mesma maneira que veio, partiu
Todas as dores que sangravam, revivi
Todo o medo de perder, está aqui
A tristeza da despedida de sempre, me invadiu
Que alguma coisa vai ficar
Que meu coração, decerto amadurecido, vai aguentar essa solidão
Esse pesar
Esse adeus contido, sofrido, criado, inventado
Esse rompimento incabível em mim
As lágrimas que rolam sem querer
O medo que me toma, sem você
Por aqui
Por perto
Bem perto
Cuidando, ouvindo, sendo presença no meio do caos
Eu acreditei que não seria mais aquela menininha do aeroporto
Assustada
Calada
Perdida
Deixada para trás
Acreditei na intensidade das palavras ao vento
No calor do momento
Acreditei nas promessas vazias, no colo emprestado, na ausência roubada
Eu acreditei
Acreditei em nós
Mas o nó se desfez
Acreditei em mim
Mas me trai, ao acreditar mais uma vez
Acreditei na rima, me feri
Acreditei em você
Em você
Em cada parte sua
Cada pausa sua
Cada cheiro seu
Cada corte de cabelo seu
Cada acorde que cantou pra mim
Cada frase direcionada a mim
Cada lugar
Cada estação
Você partiu
E desde quando você se foi, continuo aqui tentando
Tentando não chorar
Tentando acreditar
Tentando crescer depressa
Tentando sufocar mais uma vez a menininha que foi deixada para trás
Tentando não pensar
Não sofrer
Não acreditar
Eu acreditei
Você viu
Eu acreditei
Mas você não está mais aqui e só me fala sobre amadurecer, sobre continuar, sobre sarar feridas, sobre viver a vida
Sobreviver
Eu vou.
Mais uma vez, eu vou.
Como pude acreditar?
Cind Jami
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