Tudo está tão calmo, tão deserto e tão nublado. Me diz como acreditar em tudo, se o tudo já não parece tão completo.. Me diz como ser tua, se estou nua sem você...
Eu te vejo distante, pálido e quase emudecido. Com a asa quebrada já não consegue voar e a dor te consome, te faz chorar.
Os dias que passam fazem graça, debocham, correm para um lugar que me parece inalcançável. E eu reluto, grito, desisto.
Olhar para você, para os seus olhos, para a sua asa, partida e machucada, me constrange. E eu brado, me bato, me mato, a cada dia que passa aqui dentro fica alagado, apertado, triste. Vazio.
Agora você precisa voar, precisa me deixar e eu insisto em atrasar essa partida, te puxando para baixo com palavras, com essas cenas no meio da tarde, com a dor incontida, com a ferida sarada que dói sem que eu perceba.
Falta pouco, mas ainda falta. Ainda me resta esperança de dias em paz, de dias assim, como esse... Te olhando e pensando nos dias de sol que ainda estão por vir e o sorvete vai ficar lá, derretendo, porque eu não vou sair de casa. No pão quentinho, que não vai sequer entrar no saco, porque eu não vou buscar na padaria. Na vidraça quebrada na esquina sem saber quem catou os cacos de vidro e se realmente, alguém catou. Nas metáforas pronunciadas e mal-encaixadas nas frases, nos abraços transparentes, despindo a alma e a solidão, nesse sorriso...
O que eu quero não é simples.
As vezes você me pergunta porque eu estou tão calada, porque não falo sobre as histórias que me invadem nas noites de tormenta. Eu realmente não falo.
Talvez você saiba.
Meu anjo.. Como a sua asa quebrou? Você consegue me dizer?
Chega mais perto e me transfere a sua áurea. Me doa a sua calmaria.
Hoje eu quero ser você. Estar dentro de você. Ser a tua respiração, a tua voz, o teu querer.
Talvez você não entenda, mas hoje eu queria te mostrar. Tentei te falar.
Sorria para mim. Tranquilize meus medos, cale essa voz que me diz para desistir. Me abraça forte... Me abraça forte - não me largue.
Deixe eu descansar no seu ombro, deixe eu acreditar nesse sonho lindo... Deixe eu acordar ao teu lado, te ouvindo... Sorria.
Me prometa que quando se recuperar da queda, vai voar, vai para longe, mas vai voltar... E que, sempre que puder, voltará. Nem que seja rapidinho, só um pulinho, um "oizinho", uma tardezinha... Mas, volta..
Quero que me diga que vai ser possível, mesmo com a asa quebrada, me abraçar e ficar perto. Para sempre.
Eu te vejo distante, pálido e quase emudecido. Com a asa quebrada já não consegue voar e a dor te consome, te faz chorar.
Os dias que passam fazem graça, debocham, correm para um lugar que me parece inalcançável. E eu reluto, grito, desisto.
Olhar para você, para os seus olhos, para a sua asa, partida e machucada, me constrange. E eu brado, me bato, me mato, a cada dia que passa aqui dentro fica alagado, apertado, triste. Vazio.
Agora você precisa voar, precisa me deixar e eu insisto em atrasar essa partida, te puxando para baixo com palavras, com essas cenas no meio da tarde, com a dor incontida, com a ferida sarada que dói sem que eu perceba.
Falta pouco, mas ainda falta. Ainda me resta esperança de dias em paz, de dias assim, como esse... Te olhando e pensando nos dias de sol que ainda estão por vir e o sorvete vai ficar lá, derretendo, porque eu não vou sair de casa. No pão quentinho, que não vai sequer entrar no saco, porque eu não vou buscar na padaria. Na vidraça quebrada na esquina sem saber quem catou os cacos de vidro e se realmente, alguém catou. Nas metáforas pronunciadas e mal-encaixadas nas frases, nos abraços transparentes, despindo a alma e a solidão, nesse sorriso...
O que eu quero não é simples.
As vezes você me pergunta porque eu estou tão calada, porque não falo sobre as histórias que me invadem nas noites de tormenta. Eu realmente não falo.
Talvez você saiba.
Meu anjo.. Como a sua asa quebrou? Você consegue me dizer?
Chega mais perto e me transfere a sua áurea. Me doa a sua calmaria.
Hoje eu quero ser você. Estar dentro de você. Ser a tua respiração, a tua voz, o teu querer.
Talvez você não entenda, mas hoje eu queria te mostrar. Tentei te falar.
Sorria para mim. Tranquilize meus medos, cale essa voz que me diz para desistir. Me abraça forte... Me abraça forte - não me largue.
Deixe eu descansar no seu ombro, deixe eu acreditar nesse sonho lindo... Deixe eu acordar ao teu lado, te ouvindo... Sorria.
Me prometa que quando se recuperar da queda, vai voar, vai para longe, mas vai voltar... E que, sempre que puder, voltará. Nem que seja rapidinho, só um pulinho, um "oizinho", uma tardezinha... Mas, volta..
Quero que me diga que vai ser possível, mesmo com a asa quebrada, me abraçar e ficar perto. Para sempre.
Cind Jami (L
Amei! Imaginei toda uma historia! <3
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