O caminho continua o mesmo, as gotas de chuva machucam feito canivete na pele fria agora. Grito ao vento na esperança de te trazer para perto, para te fazer mais fácil, mais meu, mais certo, decerto essa saudade passaria, essa agonia teria fim.
Os cacos de vidro se misturaram com os pedaços partidos do meu coração no chão, tentei juntá-los, mas nada do que eu fiz abreviou essa falta, esse vazio, esse buraco que sangra, inunda de dor todo o meu corpo.
Falta você, falta nós dois, falta algo. Esse algo eu já não posso ouvir, nem ver, nem tocar sequer com as pontas dos dedos gelados, sedentos por você.
Eu continuo aqui, você continua ai. Perdidos um do outro, desconhecidos, indesejáveis. O que era amor hoje só restou um segredo. Eu não deveria querer, nem sonhar. Queria atear fogo nas suas lágrimas, inundar o seu quarto de saudade, fechar os olhos e nunca mais ver o seu rosto lindo nas minhas lembranças. Queria te abandonar, sozinho, sentado na beira da estrada pedindo para que eu voltasse para o seu lado, para o seu mundo.
Essa correnteza está te levando para mais longe. Cada vez mais longe. Ficarei daqui te vendo queimar, sendo apagado da minha mente, cada segundo, cada palavra, cada beijo... Ficarei daqui, mentindo para mim mesma que estou te esquecendo. Ficarei olhando para o meu rosto, desolada, sozinha, mentindo, negando, te querendo, sempre e tanto... Me vendo sendo tocada pelas suas mãos, pelos seus lábios, por cada célula do seu corpo...
Me acabando. Só por tentar me perder de você, me aproximando cada vez mais, indescritivelmente, jurando por tudo e por todos que não existe mais nada, que não vou te esperar voltar, que quero acordar ao lado de outro alguém, e isso soará sempre tão sujo da minha boca... E você vai rir, vai me pegar em cada mentira, em cada farsa... E a correnteza vai querer me arrastar, mas eu vou me segurar a qualquer esperança que já não exista; porque no fundo, no fundo de tudo isso, eu sou assim. Gosto de sofrer amores incorrespodíveis, gosto de te ver sorrir, ainda que não seja pra mim. Gosto de imaginar nós dois juntos, velhinhos, andando pela praia... Gosto dessa explosão, dessa chuva, dessa saudade.
Os cacos de vidro se misturaram com os pedaços partidos do meu coração no chão, tentei juntá-los, mas nada do que eu fiz abreviou essa falta, esse vazio, esse buraco que sangra, inunda de dor todo o meu corpo.
Falta você, falta nós dois, falta algo. Esse algo eu já não posso ouvir, nem ver, nem tocar sequer com as pontas dos dedos gelados, sedentos por você.
Eu continuo aqui, você continua ai. Perdidos um do outro, desconhecidos, indesejáveis. O que era amor hoje só restou um segredo. Eu não deveria querer, nem sonhar. Queria atear fogo nas suas lágrimas, inundar o seu quarto de saudade, fechar os olhos e nunca mais ver o seu rosto lindo nas minhas lembranças. Queria te abandonar, sozinho, sentado na beira da estrada pedindo para que eu voltasse para o seu lado, para o seu mundo.
Essa correnteza está te levando para mais longe. Cada vez mais longe. Ficarei daqui te vendo queimar, sendo apagado da minha mente, cada segundo, cada palavra, cada beijo... Ficarei daqui, mentindo para mim mesma que estou te esquecendo. Ficarei olhando para o meu rosto, desolada, sozinha, mentindo, negando, te querendo, sempre e tanto... Me vendo sendo tocada pelas suas mãos, pelos seus lábios, por cada célula do seu corpo...
Cind Jami (L
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